“Precisamos de respostas e soluções reais”, diz Caiado em reunião com presidente da Equatorial
“Precisamos de respostas e soluções reais”, diz Caiado em reunião com presidente da Equatorial
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) se reuniu com o presidente da Equatorial no estado, Lener Jayme, para discutir as quedas de energia ocorridas nos últimos dias, em Goiás. O encontro aconteceu no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, nesta quinta (28). “Precisamos de respostas e soluções reais”, pontuou o gestor estadual.
Segundo ele, não é esperado “uma vara de condão para resolver magicamente todos os problemas, mas queremos investimentos, planejamento diante de mudanças climáticas, transparência e melhor comunicação com os goianos”. Ao governador, Lener justificou a onda de calor como um dos principais problemas. Ele esclareceu que a situação sobrecarregou os sistemas de distribuição do Brasil inteiro.
O empresário ainda justificou que a direção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou, por exemplo, na tarde de quarta (27), a interrupção da energia em subestações da região sudeste de Goiás para reduzir o impacto de sobrecargas. Caiado, então, antecipou a necessidade de preparação para o período chuvoso.
“São questões sazonais que exigem ações preventivas. O sistema deve ser reforçado para evitar danos maiores”, cobrou. Destaca-se, a fiscalização do serviço é atribuição do Governo Federal, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ainda assim, o governador tem repetido que vai acompanhar de perto soluções para o problema.
Rede degradada
É preciso dizer, o próprio presidente afirmou que a empresa não está preparada para o período chuvoso. A fala foi dada na sede da companhia, na quarta (27). A empresa assumiu a concessão da distribuição de energia elétrica em Goiás em dezembro de 2022, após venda da Enel. Em nove meses de trabalho, segundo o executivo da Equatorial, foram investidos mais de R$ 1,3 bilhão.
Lener afirmou, ainda, que a empresa encontrou em Goiás uma estrutura “extremamente degradada”, justamente pela falta de investimentos. Além disso, ele apontou aumento de 7% na carga de energia em todo o país em função da onda de calor. Em Goiás, algumas regiões superaram 16%.
Foto: Divulgação