Goiano fica preso em Israel no início de guerra contra Hamas: “Vou embora de que jeito?”

Goiano fica preso em Israel no início de guerra contra Hamas: “Vou embora de que jeito?”

Conflito armado teve início neste sábado após ataque surpresa do Hamas. Goiana tem narrado cenário pelas redes sociais

Preso em Israel por conta do início de uma guerra, neste sábado, 7, o goiano Lelo Freitas tem compartilhado a experiência de presenciar o conflito entre as forças armadas israelenses contra o Hamas. Nos storys do Instagram, ele fez uma série de vídeos onde mostra o rastro de mísseis, bombas e soldados caminhando na praia.

O goiano afirmou que foram aconselhados pelo governo de Israel a não deixar as residências e hotéis. Em outro vídeo, ele responde alguns seguidores que falaram para que ele deixasse o território israelita.

“Vou embora de que jeito? O aeroporto está fechado, a fronteira fechada. Se você sobe para a Síria, ela é brigada com Israel. Você vira para a Jordânia, mas também é brigada com Israel”, explicou.

Guerra em Israel

Israel sinalizou o início de uma guerra nesta manhã, após um ataque surpresa de 5 mil mísseis por parte do Hamas. Ao menos 40 pessoas morreram. A declaração foi dada pelo primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

“Cidadãos de Israel, estamos em guerra. Não numa operação, não em rondas, em guerra”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sustentou a posição de Netanyahu e disse que Israel “vencerá esta guerra” contra o Hamas.

“O Hamas cometeu um grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel. As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] estão lutando contra o inimigo em todos os locais. Apelo a todos os cidadãos de Israel para que sigam as instruções de segurança. O Estado de Israel vencerá esta guerra”.

“Operação Espadas de Ferro”

As Forças de Defesa de Israel lançaram a “Operação Espadas de Ferro” contra o Hamas após o ataque surpresa do grupo militante na manhã deste sábado, de acordo com um porta-voz das FDI.

O comandante militar do Hamas, Muhammad Al-Deif, disse que o grupo estava lançando uma operação chamada “Tempestade Al-Aqsa” visando “posições inimigas, aeroportos e posições militares”.

Muhammad Al-Deif disse ainda que o ataque a Israel foi uma resposta aos ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza. O Hamas afirma ter disparado 5 mil mísseis contra Israel.

O chefe do grupo apelou aos povos árabes e islâmicos para que viessem à “libertação de al-Aqsa”, a mesquita em Jerusalém. Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas em Israel nos ataques, segundo dados de dois hospitais.

Pelo menos 80 pessoas com vários graus de ferimentos foram transferidas para o Soroka Medical Center, um importante centro médico na cidade de Be’er Sheva, no sul de Israel, informou o hospital em comunicado.

O Centro Médico Kaplan em Rehovot, uma cidade no centro de Israel, disse que está tratando pelo menos 21 pessoas feridas no sábado, incluindo duas em estado grave, quatro em estado moderado e 15 com ferimentos leves.

Alguns dos feridos sofreram ferimentos de bala. Outros foram feridos por estilhaços, disse o Centro Médico Kaplan.