Primeira mulher toma posse como presidente do Sindicato Rural em Porangatu

Primeira mulher toma posse como presidente do Sindicato Rural em Porangatu

Cerimônia acontece durante expedição que discute impactos na safra de soja. A produtora rural inicia um mandato desafiador com expectativas de queda de colheita para todo estado de Goiás.

Nesta quinta-feira (18), às 19 horas, acontecerá em Porangatu, norte de Goiás, a posse da primeira presidente mulher do Sindicato Rural da cidade. A advogada e produtora rural Ana Amélia Paulino assume o cargo para o mandato de três anos (2024-2026), e com ela o vice-presidente Paulo Van Der Lan da Casa do Criador, empresário, médico veterinário e produtor rural.

A cerimônia ocorrerá no Sindicato Rural de Porangatu  durante a expedição Safra Goiás do Faeg/Senar/Ifag e parceiros iniciada na última segunda-feira (15). Quatro equipes percorrem cinco regiões goianas, em dez rotas, passando aproximadamente por 80 cidades, totalizando mais de 5.800 Km. O objetivo é saber o quanto a safra de soja foi afetada pelas péssimas condições climáticas dos últimos meses.

A expedição é realizada com o apoio do Sebrae Goiás, Seapa, Agrodefesa, Emater, Embrapa, Sicoob Secovicred, Nissan/Saga, Bayer e Agrotrends. As equipes da Safra Goiás concluíram o primeiro dia no Sindicato Rural, em Catalão. Durante os eventos é feita uma apresentação do trabalho com abordagem climática e de mercado para produtores rurais e a imprensa. O evento segue com a mesma programação em Porangatu.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de dezembro de 2023, apontam uma área de 4,6 milhões hectares de soja plantada em Goiás, estimando uma safra para 2023/2024 de 17 milhões de toneladas. Número 3,9% menor do que as 17,7 milhões de toneladas da safra 2022/2023. Atualmente a colheita já se iniciou em alguns municípios como Rio Verde e Montividiu. A expedição vai checar pessoalmente a realidade.

 

“Diante dos impactos climáticos, principalmente no início do plantio, organizamos essa expedição para saber o quanto a safra de soja foi afetada e as regiões mais impactadas, especialmente pelas condições climáticas adversas. Para isso, as equipes técnicas irão nas lavouras indicadas pelos Sindicatos Rurais e coletarão amostras. Isso será feito até o dia 19/01, quando encerraremos o percurso na cidade de Posse. Depois, assim que sair o resultado das análises, teremos um evento para apresentar as conclusões. Goiás tem seu desenvolvimento baseado no agro e buscar conhecer de forma mais precisa os números finais da safra é fundamental para todos que de alguma forma dependem do agronegócio goiano”, explicou o presidente do Sistema Faeg/Senar/Ifag, José Mário Schreiner.