Câncer de Kate: É normal sentir tristeza quando um famoso adoece?

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Desde sexta-feira, dia 22 de março, um vídeo de Kate Middleton tem emocionado o mundo. Após várias semanas de especulações sobre seu estado após uma cirurgia abdominal em janeiro, a princesa de Gales, casada com o herdeiro da coroa britânica, William, revelou que está lutando contra o câncer. Essa revelação gerou uma onda de comoção e solidariedade, levantando a questão: podemos sentir tristeza por pessoas que nunca conhecemos pessoalmente? A psicóloga Teresa Feijão responde afirmativamente.

“As doenças de pessoas famosas têm o potencial de comover a população, especialmente quando envolvem figuras públicas amadas ou admiradas por muitas pessoas. Isso pode gerar um sentimento de empatia mais forte. Muitas vezes, as celebridades usam sua visibilidade para aumentar a conscientização sobre certas condições de saúde, inspirando outros a procurar tratamento ou simplesmente mostrando apoio às pessoas que enfrentam desafios semelhantes”, explica a especialista em declarações ao Lifestyle ao Minuto.

Por outro lado, receber esse tipo de informação também pode causar medo, principalmente quando a doença é percebida como grave, incurável ou de difícil tratamento, e quando a pessoa famosa é vista como um ícone de saúde ou vitalidade, aparentemente intocável. “As pessoas se identificam com figuras públicas e podem desenvolver o pensamento de que, se a doença pode afetar alguém tão famoso, também podem ser afetadas. Em suma, ver uma pessoa famosa sendo afetada por uma doença grave pode ativar a vulnerabilidade humana e lembrar às pessoas que ninguém está imune a problemas de saúde”, explica Teresa Feijão.

Ela esclarece que esse medo não está relacionado à hipocondria (um transtorno mental caracterizado por uma preocupação excessiva com a saúde e uma interpretação exagerada de sintomas físicos) ou à nasofobia (um medo irracional de contrair uma determinada doença ou infecção). “Enquanto o medo gerado pela doença de uma figura pública pode ser temporário e específico para essa situação, a hipocondria e a nasofobia são condições mais duradouras e podem afetar várias áreas da vida de uma pessoa.”

Teresa Feijão destaca que “nem sempre a doença de uma pessoa famosa causa medo na população”. “Pode inspirar compaixão, aumentar a conscientização e reduzir o estigma em torno de certas condições médicas, encorajando outras pessoas a compartilharem suas próprias experiências e a procurarem apoio”, diz.

Segundo a especialista, é importante buscar informações de fontes confiáveis e verificar a veracidade dos dados antes de tirar conclusões precipitadas. “Procurar informações sobre a doença em questão também pode ajudar a dissipar medos infundados.”

“Em vez de permitir que o medo o domine, é importante manter o foco em cuidar da própria saúde, adotando hábitos de vida saudáveis, fazendo exames de saúde regulares e procurando ajuda médica sempre que necessário”, conclui a psicóloga.
 
 
 

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