Homem mais velho do mundo é inglês e tem 111 anos. Segredo? "Pura sorte"
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Após a morte de Juan Vicente Pérez, o venezuelano que, aos 114 anos, era detentor do recorde de homem mais velho do mundo, o Guinness World Records anunciou um novo ‘feliz contemplado’. Nascido em Liverpool no dia 26 de agosto de 1912, – o mesmo ano em que ocorreu o naufrágio do Titanic –, o inglês John Alfred Tinniswood é, agora, considerado o homem mais velho do mundo.
Aos 111 anos, o centenário, que é “um grande tagarela”, reside num lar em Southport. Contudo, ainda “consegue realizar a maioria das tarefas diárias de forma independente: levanta-se da cama sem ajuda, ouve rádio para acompanhar as notícias e ainda administra as suas próprias finanças”, detalhou o Guinness, em comunicado.
Além de comer peixe com batatas fritas todas as sextas-feiras, John não segue “uma dieta especial”. Aliás, na sua ótica, o segredo para a longevidade é “pura sorte”.
“Ou vivemos muito ou vivemos pouco, e não há muito que se possa fazer quanto a isso”, disse.
Ainda assim, o homem confessou que não fuma nem bebe álcool.
“Adepto de longa data do Liverpool FC, John nasceu apenas 20 anos depois da fundação do clube, em 1892. Viveu todas as oito vitórias do seu clube na Taça de Inglaterra e 17 dos 19 títulos da liga”, assinalou a mesma nota.
O idoso trabalhou em contabilidade nas petrolíferas Shell e BP até se aposentar, em 1972. Mas antes, passou pelas duas guerras mundiais. No brotar da segunda, e apesar de ter problemas de visão, o centenário, na época com 27 anos, ocupou uma posição administrativa no Exército, o que faz dele o veterano sobrevivente da Segunda Guerra Mundial mais velho do mundo.
John conheceu a sua esposa, Blodwen, num baile em Liverpool. Uma das suas melhores recordações é o seu casamento, em 1942, um ano antes de ter a sua filha, Susan. O casal viveu 44 anos juntos, até à morte de Blodwen, em 1986. O homem tem, agora, quatro netos e três bisnetos.
Depois de ter completado 100 anos, em 2012, John passou a receber um cartão de aniversário por parte da rainha Elizabeth II, que era 14 anos mais nova. E, em 2020, o idoso tornou-se o homem mais velho do Reino Unido, pelo que o seu novo título não lhe é estranho.
“Não faz diferença nenhuma para mim, de modo algum. Aceito-o pelo que é”, disse.
No que diz respeito ao mundo, John reconheceu que a humanidade “está melhorando um pouco, mas nada de significativo”. Aconselhou ainda os mais jovens a “fazer sempre o melhor que puderem, seja ao aprender alguma coisa ou a ensinar alguém”.
“Dêm tudo o que têm. Caso contrário, não vale a pena preocuparem-se”, disse.
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