Mais de 60 veículos de comunicação pedem que Israel permita acesso independente a Gaza

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 60 veículos de comunicação de vários países assinaram uma carta aberta pedindo ao governo de Israel o fim das restrições que impedem o acesso independente de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza.

 

A carta é assinada por 64 veículos, como CNN, BBC, AFP, The New York Times e The Guardian. Segundo o documento, nove meses após o início da guerra, “repórteres internacionais ainda tem negado o acesso a Gaza, exceto por raras visitas guiadas pelo Exército israelense”.

“Essa proibição do trabalho de reportagem estrangeiro impôs um fardo impossível e desproporcional a jornalistas locais: o de cobrir uma guerra que vivem”, prossegue o documento, divulgado na quinta (11). “Mais de cem jornalistas foram mortos desde o começo da guerra, e aqueles que restaram trabalham sob condições de extrema privação.”

A divulgação da carta foi organizada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas, que disse que o conflito Israel-Hamas é um dos mais mortais para a imprensa dos últimos tempos.

“Compreendemos completamente os riscos que envolvem o trabalho jornalístico em zonas de guerra. São riscos que muitas de nossas organizações correram ao longo de décadas para investigar e relatar acontecimentos que ajudam a entender o impacto de conflitos no mundo tudo”, escreveram os signatários.

“Uma imprensa livre e independente é a base da democracia. Pedimos que Israel cumpra seus compromissos com a liberdade de imprensa e garanta à mídia estrangeira acesso imediato e independente a Gaza, e que Israel obedeça suas organizações internacionais no que diz respeito à proteção de jornalistas como civis”, conclui o documento.

A ofensiva israelense em Gaza causou um desastre humanitário e até esta sexta-feira (11) havia matado 38.345 pessoas, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

A guerra teve como estopim o ataque do grupo terrorista a Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 israelenses mortos.

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