Putin vai perdoar dívidas de quem se alistar para combater na Ucrânia
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Uma nova lei permitirá que todas as pessoas que assinarem um contrato de um ano para lutar na Ucrânia a partir de 1º de dezembro fiquem livres de suas dívidas. Essa medida também será estendida aos seus cônjuges.
O valor máximo das dívidas que poderão ser quitadas é de 10 milhões de rublos, o equivalente a aproximadamente 92 mil euros, com base na taxa de câmbio atual.
A legislação, aprovada pelo parlamento russo na última terça-feira e sancionada no sábado, é considerada por especialistas um incentivo significativo, já que a Rússia busca atrair voluntários para um conflito que já ultrapassa mil dias.
Segundo o analista político Georgi Bovt, que comentou a medida na plataforma Telegram, a nova lei oferece a “centenas de milhares de pessoas a chance de se livrarem de um pesado fardo financeiro”.
Além de voluntários, a legislação também se aplica a conscritos e pessoas convocadas para a “operação militar especial”, como Moscou se refere à ofensiva na Ucrânia.
Embora, teoricamente, os conscritos não possam ser enviados para a linha de frente, eles podem optar por assinar um contrato para integrar o exército profissional, o que permitiria seu envio para o conflito. Essa nova medida pode servir como motivação para tais decisões.
Na Rússia, as taxas de juros são extremamente altas, e muitos cidadãos têm poucas ou nenhuma poupança financeira, tornando a proposta ainda mais atrativa.
A Ucrânia também possui legislação semelhante, que concede condições preferenciais para empréstimos aos combatentes e, em alguns casos, permite o cancelamento de suas dívidas.
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