Cardeais iniciam votação de sucessor de Francisco preocupados com a união

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O Vaticano dá hoje início ao Conclave para eleger o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril, com a última missa pública dos cardeais antes do encerramento dos trabalhos.

 

Às 10h (6h, horário de Brasília), os 133 cardeais eleitores participam da missa “Pro Eligendo Romano Pontifice”, na Basílica de São Pedro, presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, que já celebrou as cerimônias fúnebres de Francisco em 26 de abril.

Na parte da tarde, os cardeais se reúnem na Casa Apostólica de Santa Marta e, às 16h30, em procissão, ingressam na Capela Sistina para a primeira votação do Conclave. A chaminé já está instalada para o sinal do resultado — fumaça negra para eleição inconclusiva ou branca para o novo pontífice.

O presidente do Conclave leu hoje o juramento de segredo a todos os eleitores. A ordem de votação segue a hierarquia formal: entre os participantes, o patriarca emérito de Lisboa, Manuel Clemente, terá a 38ª posição, seguido por António Marto (59º), Américo Aguiar (97º) e Tolentino de Mendonça (118º).

O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, figura como favorito nas apostas, seguido por Fernando Filoni e Luis Tagle — este também cotado entre os “papabili”.

Hoje haverá apenas uma rodada de votação, por volta das 19h locais. A partir de quinta-feira, serão realizadas até quatro votações diárias — duas pela manhã e duas à tarde — até que um candidato alcance os 89 votos necessários.

Enquanto aguarda-se o veredicto, a tensão interna reflete o embate entre progressistas e tradicionalistas na Igreja. Debates sobre padres casados, acesso feminino ao diaconato, posições sobre gays e relações ecumênicas marcam o Processo Sinodal inaugurado por Francisco.

Na homilia dos funerais de Francisco, o cardeal Re elogiou a abertura do pontificado aos pobres e migrantes, lembrando seu estilo comunicativo repleto de metáforas e sua “mudança de época”. Trechos de sua fala foram saudados com aplausos na Praça de São Pedro.

Cerca de 2.500 jornalistas acompanham o Conclave, instalados em duas salas de imprensa no Vaticano. Após o sinal do fumo branco, o novo papa escolherá seu nome e será apresentado aos fiéis na sacada da Basílica.

Com a proclamação, o Conclave se encerra e os cardeais deixam Santa Marta. Tradicionalmente, o primeiro ato do pontificado acontece dias depois, quando o novo líder celebra sua missa inaugural.

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