Crises epiléticas em recém-nascidos são identificadas através de monitoramento

 

Crises epiléticas em recém-nascidos são identificadas através de monitoramento

O sistema permite identificar crises epilépticas imperceptíveis a olho nu.

Um artigo científico publicado na revista Jama Network Open, mostra que em um conjunto de 872 bebês submetidos à hipotermia com acompanhamento da atividade cerebral, 296 (33,9%) tiveram crises epilépticas. Desses, 213 (71,9%) não manifestaram nenhum sinal clínico, como convulsão, e foram diagnosticados exclusivamente pela variação das ondas cerebrais.

Foi no Hospital Regional de Itanhaém, onde trabalha, localizado na cidade de Itanhaém, na Baixada Santista, que a enfermeira Ailda dos Santos Nascimento, 40, entendeu a importância do protocolo de hipotermia e do monitoramento cerebral para recém-nascidos de alto risco. Primeiro, como profissional da saúde e, em agosto de 2020, como mãe do Nicolas. O parto foi difícil, o bebê nasceu pálido e não chorou. Ele foi intubado e levado para a UTI neonatal. Lá, teve o corpo resfriado a 33,5°C e teve eletrodos aplicados na cabeça. O monitoramento da atividade cerebral permitiu identificar crises epilépticas imperceptíveis a olho nu e Nicolas recebeu a medicação adequada.

A mãe relata que Nicolas não teve nenhuma sequela e é um garoto tagarela e esperto: “Como mãe, sou grata porque, se não houvesse o monitoramento, não perceberíamos que meu filho estava tendo uma crise. E, como enfermeira, acho importante porque evita danos neurológicos nas crianças”.