Ex-marido de agricultora achada morta e com cabeça mergulhada em caixa d’água é julgado em Minaçu
Ex-marido de agricultora achada morta e com cabeça mergulhada em caixa d’água é julgado em Minaçu
O ex-marido de Neurice Araújo Torres foi condenado, em júri popular, a 18 anos de prisão nesta terça-feira (23) pela morte da agricultora. A Justiça determinou que Sidronio Alves de Lima cumpra a pena em regime fechado e pague pelos custos do processo. Neurice tinha 53 anos e foi encontrada morta seminua com a cabeça mergulhada em uma caixa d’água, no assentamento rural onde morava em Minaçu, Norte de Goiás.
O julgamento, presidido pela juiza Izabela Bittencourt, começou por volta de 9h da manha desta terça-feira (23) e seguiu até 23h. Foram ouvidas 11 testemunhas.
A sessão contou ainda com presença do
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de
Goiás (MST) do qual a vítima fazia parte.
Por meio das redes sociais, integrantes do MST informaram que a ida ao júri foi uma “forma de pressionar por uma condenação justa e exemplar, além de dar suporte à família e amigos de Neurice”.
A reportagem entrou em contato com a defesa do réu e não tivemos reposta sobre o posicionamento dela até a última atualização desta matéria.
Violência doméstica
Neurice, ou “Dona Neura” como era conhecida pelos companheiros de assentamento, estava separada de Sidronio desde 2017, após ter denunciado o companheiro por agressão e tentativa de estupro.
Momentos antes de morrer, a agricultora mandou mensagem para uma das filhas afirmando que o marido estava rondando a casa dela e por isso estava com medo, de acordo com a Policia Civil (PC). Nessa época, o réu estava casado com outra mulher, mas não aceitava o fim do relacionamento com Neurice, procurando-a para ter relações extraconjugais. A vítima, no entanto, negava essa reaproximação.
O delegado à frente do caso, Jardel Bruno, revelou ao POPULAR que o corpo de Neurice apresentava sinais visíveis de violência. Ele declarou também que a trajetória do ex-marido no dia do crime o colocava como suspeito.