Goiás confirma a primeira morte por dengue do ano em Uruaçu
Goiás confirma a primeira morte por dengue do ano em Uruaçu
O estado investiga outros 31 óbitos.
Goiás confirmou um óbito por dengue nos primeiros 31 dias de 2024. O Estado confirmou que a morte ocorreu após a picada do mosquito aedes aegyti. A vítima foi um homem de 31 anos, residente de Uruaçu, município que fica a 279 km de distância de Goiânia. Ele veio a óbito no dia 5 de janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) destaca que há outros 31 casos de mortes por suspeita de alguma arbovirose – dengue, zika vírus e chikungunya.
O paciente que faleceu com dengue:
Jesney Fernandes Gomes de 31 anos foi levado no dia 03 de janeiro para o Hospital do Centro Norte Goiano (HNC) depois passar mal, cair e bater a cabeça no banheiro de casa. Ele apresentava um quadro de dengue grave, a conhecida dengue hemorrágica e já nas primeiras horas de atendimento precisou ser entubado.
Conforme informações do HNC, o paciente já apresentava sintomas da doença uma semana antes de dar entrada na unidade. Ele foi medicado e passou por exames laboratoriais e de imagens. Apesar dos esforços da equipe médica, ele permaneceu em estado gravíssimo, instável e teve que continuar entubado. Jesney, infelizmente, não resistiu e morreu dois dias após a internação.
O que diz a Saúde do Estado:
“Ficamos acostumados com os números altos de mortes durante a pandemia por Covid mas não podemos naturalizar os números. Todo óbito por dengue é uma morte que poderia ser evitável”, destacou o secretário de Saúde, Rasível dos Reis, em seu discurso ao apresentar o painel de monitoramento de casos da dengue em Goiás.
Preocupa também os casos de contaminação em bebês, crianças e adolescentes que tiveram um salto entre o fim de 2023 até aqui. No começo de dezembro, um jovem de 13 anos, morador de Águas Lindas de Goiás, morreu por causa da dengue. A morte, no entanto, ocorreu em Brasília.
A ferramenta disponibilizada nesta quinta-feira (1º) pela SES-GO visa fornecer informações acerca do quadro de internações, registros de contaminações e até óbitos e apresentará o mapa de incidência das últimas quatro semanas. Também haverá coletivas com a imprensa entre os técnicos da pasta e jornalistas, todas as terças-feiras.
A medida ocorre por causa de um salto no número de casos e internações por arboviroses em janeiro de 2024. A média de internações por semana, por exemplo, subiu de 6 em dezembro para 15 em janeiro. Apenas no dia 30 de janeiro, Goiás registrou um um pico de 39 pedidos de internações, principalmente entre bebês e crianças, o que gerou o alerta.
O secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis explicou em coletiva com a imprensa um dos indicativos que levavam aos números. “Antes, a gente tinha mais casos de sorotipo 1 e agora estamos tendo um grande aumento de sorotipo 2. Isso piora o quadro porque a população está mais vulnerável ao sorotipo 2 que está mais relacionado a gravidade e infecção de crianças e adolescentes”, pontuou.