Haddad nega reajuste a servidores em 2024: “Orçamento está fechado”
Haddad nega reajuste a servidores em 2024: “Orçamento está fechado”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou, nesta quarta-feira (10/4), a possibilidade de conceder reajuste salarial a servidores públicos ainda neste ano. Ele foi questionado sobre o assunto após reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), realizada nesta manhã no Palácio do Planalto.
Ao negar a possibilidade, ele justificou: “O orçamento já está fechado”. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou à junta cenários para atender ao funcionalismo público nos próximos anos. A ideia, segundo Haddad, é “verificar o espaço” que pode existir para satisfazer o funcionalismo. A JEO reúne os titulares da Fazenda, Casa Civil, do Planejamento e Orçamento e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Haddad disse que a junta poderá voltar a se reunir ainda nesta quarta para tratar do assunto e afirmou que sua equipe irá “fazer as contas”. “Fiquei de voltar aqui para a Fazenda para fazer as contas e dar uma devolutiva para ela [Dweck]”, adiantou Haddad ao regressar à sede do ministério.
“Tem três cenários que ela [Dweck] nos apresentou e vai mandar para a gente a memória de cálculo para nós trabalharmos e devolvemos para a Casa Civil ainda hoje”, continuou Haddad. A pasta de Simone Tebet (Planejamento) também deverá se debruçar sobre os cenários.
A respeito da avaliação acerca dos cenários apresentados pela colega, ele respondeu: “É tudo desafiador, não é? Nós estamos com uma questão, nós temos de equacionar as contas públicas, tem votações importantes que vão acontecer na semana que vem no Congresso”.
Meta para 2025
O ministro ainda negou que tenha tratado, nesta quarta, da definição da meta fiscal para 2025. Segundo ele, a meta será apresentada apenas no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que deverá ser apresentado ao Congresso até 15 de abril.
Haddad pressiona para que o objetivo se mantenha em superávit de 0,5%. Já Simone Tebet acredita que o governo dificilmente atingirá a meta e tensiona para um número menor. O superávit depende de medidas de arrecadação