Hutis reivindicam segundo ataque contra porta-aviões dos EUA
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Os rebeldes Hutis do Iémen, apoiados pelo Irã, assumiram hoje a responsabilidade por um segundo ataque contra um porta-aviões dos Estados Unidos no Mar Vermelho, como resposta a uma série de bombardeios norte-americanos.
Na manhã desta segunda-feira, os Hutis afirmaram que realizaram um “segundo” ataque ao porta-aviões no norte do Mar Vermelho, utilizando “inúmeros mísseis balísticos e de cruzeiro, além de drones, em um combate que durou várias horas”. A imprensa alinhada aos Hutis também confirmou a reivindicação de responsabilidade.
No domingo, os rebeldes já haviam reivindicado o ataque contra o porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman no Mar Vermelho, utilizando mísseis e um drone. Até o momento, os Estados Unidos não confirmaram os ataques.
O líder dos rebeldes, Abdel Malek al-Houthi, prometeu no domingo atacar navios de carga norte-americanos no Mar Vermelho e convocou os iemenitas a se reunirem “aos milhões” para protestar contra os bombardeios norte-americanos de sábado.
“Os americanos serão agora alvo de uma proibição de navegação enquanto continuarem a sua agressão”, declarou al-Houthi em um discurso transmitido pela televisão. “A nossa decisão era apenas contra o inimigo israelita, mas agora os Estados Unidos também estão incluídos”, acrescentou.
As Nações Unidas pediram no domingo tanto aos Estados Unidos quanto aos rebeldes Hutis que cessassem os ataques, após uma escalada militar que poderia agravar as tensões regionais entre Washington e o movimento apoiado pelo Irã. O porta-voz do secretário-geral António Guterres alertou sobre os riscos de uma maior escalada.
“Pedimos a máxima contenção e a cessação de todas as atividades militares”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres. “Qualquer nova escalada poderia exacerbar as tensões regionais, alimentar ciclos de retaliação que desestabilizariam ainda mais o Iémen e a região, além de aumentar os riscos à já grave situação humanitária no país”, acrescentou.
No domingo, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, informou que os ataques mataram vários líderes Hutis importantes e alertou o Irã, dizendo “já chega”.
O Ministério da Saúde controlado pelos Hutis afirmou que os ataques norte-americanos mataram pelo menos 53 pessoas, incluindo cinco mulheres e duas crianças, e feriram quase 100 na capital Sanaa e em outras províncias, incluindo Saada, um reduto dos rebeldes, perto da fronteira com a Arábia Saudita.
O Comando Central dos EUA (Centcom), responsável pelo Oriente Médio, afirmou no domingo que continuaria os ataques contra os Hutis pelo segundo dia consecutivo.
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