Incêndio atinge Parque Nacional de Brasília, e presidente do ICMBio aponta indícios de crime

  O parque é uma unidade de conservação importante para a proteção dos rios que abastecem a região…. [[{“value”:”

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um incêndio de grandes proporções atinge neste domingo (15) o Parque Nacional de Brasília, conhecido também como parque da Água Mineral.

 

O presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Mauro Pires, afirmou que o incêndio apresenta indícios de ser criminoso. Segundo ele, o fogo iniciou-se próximo à Granja do Torto e rapidamente se alastrou para dentro do parque por causa do clima quente e seco.

Ninguém havia sido preso até a publicação deste texto.

“A causa do incêndio é sem dúvida criminosa. Começou na divisa da Granja do Torto e adentrou ao parque”, disse à reportagem.

O combate às chamas conta com a ação do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, brigadistas do ICMBio e do Ibram (Instituto Brasília Ambiental), além de viaturas, aeronaves e drones.

Segundo a última atualização do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, por volta das 21h de domingo o incêndio atingia áreas de vegetação densa e com muitas árvores, o que dificultava o combate.
Áreas isoladas já foram atingidas pelo fogo, entretanto ainda não havia uma estimativa da extensão total afetada.

Durante o combate ao incêndio, um militar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal se feriu e foi socorrido e levado para o hospital. O estado de saúde dele não foi informado.

O parque é uma unidade de conservação importante para a proteção dos rios que abastecem a região.

Além de seu papel ambiental, o local atrai muitos visitantes, especialmente por suas piscinas naturais, que são uma das principais atrações turísticas da área.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobrevoaram a área.

“Neste domingo, juntamente com a Janja, sobrevoei o Parque Nacional afetado por um incêndio de grandes proporções, como tantos que têm ocorrido por todo o país. O governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas”, disse em suas redes sociais.

O presidente disse que vai se reunir nesta segunda-feira (16) com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o núcleo de governo para discutir mais ações contra a emergência climática.

Na última semana, O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou ao governo Lula (PT) a convocação imediata de mais bombeiros para a Força Nacional para auxiliar no combate aos incêndios que assolam o país.

A decisão foi tomada após audiência de conciliação na terça (10) no Supremo, no âmbito de processo que discute as ações do Executivo contra as queimadas no pantanal e na amazônia.

Após a determinação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública convocou mais 150 bombeiros da Força Nacional para atuar na Amazônia Legal. Eles se juntariam aos 162 bombeiros que estão atuam, desde junho, em operações contra queimadas nos dois biomas.

Segundo a pasta, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados pelo ministério para custeio das forças de segurança dos estados e do Distrito Federal nas operações de proteção dos biomas de janeiro até agosto de 2024.

INCÊNDIOS AFETAM MAIS DE 10 MILHÕES DE BRASILEIROS

Desde o início de agosto, o Brasil teve ao menos 10,1 milhões de pessoas diretamente afetadas pelos efeitos dos incêndios florestais que atingem boa parte do país há semanas.

A estimativa é da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) e tem como base as informações de prefeituras que decretaram situação de emergência por incêndios florestais nesse período.

O número é conservador pois leva em consideração apenas aqueles diretamente afetados pelos incêndios, e não a população total dos municípios.

Entre os afetados, há 987 pessoas que deixaram suas casas por causa dos incêndios e estão em abrigos ou casas de conhecidos, segundo o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

São 531 prefeituras em todo o país que decretaram emergência por causa das queimadas do início de agosto até a manhã da última sexta-feira (13). Municípios com registros de focos de incêndio, mas que não decretaram emergência, não estão computados -caso da cidade de São Paulo.

Leia Também: Focos de queimadas no Brasil se mantêm estáveis nas últimas 24 horas

“}]]