Justiça determina que professores da rede municipal de Porangatu retornem às atividades

O desembargador Fernando de Castro Mesquita determinou, nesta segunda-feira (11), o retorno às atividades de pelo menos 50% dos profissionais em educação do município de Porangatu-GO, em greve desde o dia 1º de abril. Conforme foi decidido pelo desembargador, o retorno deve ocorrer em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 200 mil.

O desembargador declarou irregularidade no movimento grevista deflagrado, de modo que não pode haver paralisação integral dos servidores e de maneira irrestrita, já que serviços essenciais devem ser oferecidos à população durante o período de greve.

A prefeitura argumentou judicialmente que não se negou a conversar com a categoria e que está aberta a uma nova negociação. O município ainda destacou que 4888 alunos matriculados na rede municipal de ensino estão sendo afetados e que as crianças das creches municipais não estão sendo atendidas, devido à paralisação de 410 profissionais. Indagou, ainda, que ocorreu a interrupção das aulas durante dois anos de ensino virtual, que prejudicou a aprendizagem dos alunos.

Desde o início dos movimentos, os professores alegam dificuldades em dialogar com a gestão municipal para negociar o pagamento do reajuste de 33,24% do novo piso salarial, que é de R$ 3.845, aprovado pelo governo federal, e aguardam uma nova possibilidade de negociação. Até então, a prefeitura havia oferecido reajuste de 10,16% no salário dos professores, e afirmou que, só este ano, gastaria mais de R$ 36 milhões com a folha de pagamento, caso este aumento seja realizado.

A equipe da Serra Azul tentou entrar em contato com a diretoria do Sindicado dos Trabalhadores em Educação (Sintego/Porangatu), mas ainda não conseguiu nenhum posicionamento. (Com informações do Portal Serra Azul)