Kaja Kallas pede aos EUA mais pressão sobre a Rússia para cessar-fogo

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A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, pediu hoje aos Estados Unidos que “aumentem a pressão” sobre a Rússia para que a Ucrânia aceite um cessar-fogo e ponha fim à guerra.

 

Em declarações a jornalistas em Madrid, Kallas reconheceu o papel dos EUA na mediação das conversações entre Rússia e Ucrânia, mas afirmou que o governo norte-americano precisa desempenhar uma função mais ativa do que a de simples mediador.

“Neste momento, o que precisamos é que a Rússia aceite o cessar-fogo. Acredito que os EUA também devem exercer mais pressão sobre a Rússia para que ela pare com esta guerra”, disse Kallas, alta-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

Kallas destacou que já se passaram três semanas desde que a Ucrânia concordou com um “cessar-fogo incondicional”, mas observou que a Rússia segue “jogando jogos” e demonstrando não querer realmente a paz.

Ela ressaltou que a Rússia precisa ser pressionada a mostrar seu desejo de paz, começando por aceitar o cessar-fogo, devolver as crianças ucranianas levadas para o território russo e libertar os prisioneiros de guerra.

As declarações foram feitas antes de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros conhecida como G5+ ou “Weimar Plus”, um fórum de coordenação em defesa na Europa e apoio à Ucrânia. O grupo é composto por Alemanha, França, Itália, Polônia, Espanha e Reino Unido, e também participaram representantes da União Europeia, incluindo Kallas e o comissário da Defesa, Andrius Kubilius. O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sibiga, participou de forma virtual.

Durante o encontro em Madrid, Kallas disse que, além da Ucrânia, a agenda incluiria o fortalecimento dos recursos de defesa da União Europeia, com Bruxelas propondo a mobilização de 800 bilhões de euros para segurança e defesa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, José Manuel Albares, anfitrião do evento, acrescentou que a agenda também incluiria discussões sobre a instabilidade na “vizinhança sul” da Europa, referindo-se ao norte da África e à região do Sahel.

Ao chegarem para o encontro, vários ministros reafirmaram suas condenações à Rússia e a manutenção do apoio incondicional à Ucrânia. O ministro francês Jean-Noël Barrot afirmou que a Rússia “continua a cometer crimes de guerra” e destacou a necessidade de Kiev enviar uma resposta clara sobre sua disposição em buscar a paz com o apoio dos EUA.

O ministro do Reino Unido, David Lammy, pediu por uma “paz duradoura” para a Ucrânia e afirmou que, para isso, o presidente russo, Vladimir Putin, “deve aceitar imediatamente um cessar-fogo sem condições”.

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