Mulher trans é condenada a 53 anos de prisão por ataque com bomba à mesquita dos EUA
Ataque aconteceu em 2017, quando Emily Claire Hari ainda se identificava como homem. Imagem de Michael Hari, responsável por um ataque a uma mesquita em 2017 e que mais tarde se tornaria Emily Claire Hari
Delegacia do Condado de Ford/Via AP
Uma mulher trans que liderou uma milícia chamada The White Rabbits (Os Coelhos Brancos) recebeu nesta terça-feira (14) a sentença de 53 anos de prisão por um ataque com bomba em uma mesquita de Minnesota em 2017, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Emily Claire Hari, de 50 anos, foi condenada no ano passado por cinco acusações, incluindo o ataque com bomba, destruição de propriedade religiosa e o uso da força para dificultar a celebração do culto, disse o departamento em um comunicado.
O texto indica que Hari, que naquele momento se identificava como homem, Michael Hari, organizou um “grupo de milícias terroristas” chamado The White Rabbits em Clarence, Illinois.
Ela recrutou dois homens, Michael McWhorter e Joe Morris, e, em 5 de agosto de 2017, os três atacaram o Centro Islâmico Dar al-Farooq de Bloomington, Minnesota, a 800 quilômetros de distância.
Nas primeiras horas da manhã daquele dia, quando algumas pessoas se reuniam na mesquita para orar, os três quebraram uma janela e colocaram gasolina em contêineres e uma bomba caseira, que explodiu e deixou graves danos.
Hari queria aterrorizar os muçulmanos fazendo com que acreditassem que não são bem-vindos nos Estados Unidos e que deveriam abandonar o país, alegaram as autoridades judiciais.
Em janeiro de 2019, McWhorter e Morris se declararam culpados do atentado. Os dois cúmplices de Hari ainda não foram condenados.
“Hari tentou aterrorizar toda uma comunidade religiosa. A sentença de hoje deixa claro que esses atos de terror impulsionados pelo ódio não serão tolerados”, justificou a procuradora-geral adjunta Lisa Monaco em um comunicado.
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