O Popular destaca artigo de Gilvânia: “O protagonismo de Minaçu no combate à violência contra a mulher”

O Jornal O Popular, maior veículo de comunicação do Estado, destacou em sua  edição imprenssa desta quinta-feira, 13, artigo de opinião da presidente da Câmara de Minaçu, Gilvânia Márcia. Na abordagem da parlamentar: o protagonismo de Minaçu no combate à violência contra à mulher, seja pela sintonia entre os poderes, ou por iniciativas mais afirmativas como o projeto “Mulheres Protegidas” e a instalação da primeira Procuradoria da Mulher no município, no âmbito legislativo.       

 

“As Câmaras Municipais do Brasil, apesar de ainda se verem sub-representadas por mulheres – seja pelas barreiras que proporcionalmente são impostas a elas, por razões culturais ou por regras de encorajamento ainda contraproducentes – vem assumindo um papel fundamental no combate à violência de gênero.,”, diz.

 

Nas principais bancas do Estado, e com distribuição diária nos órgãos do governo, camaras e prefeituras, o Popular, através das declarações do artigo, deu a Minaçu protagonismo em relação a criação de Procuradorias especializadas no atendimento à mulher vítima de violência.         

 

“Criadas por iniciativa do próprio legislativo, as Procuradorias Municipais das Mulheres, tem atuado de forma integrada, como um canal direto de acolhimento, denúncia, acompanhamento e encaminhamento de cada caso aos órgãos competentes: o Poder Judiciário; o Executivo, as Polícias, a OAB, e entidades de proteção aos direitos humanos.”.

E citou nominalmente, os principais precursores  da iniciativa: “Em outra ponta, a Procuradoria e o Executivo, são parceiros fundamentais do Projeto Mulheres Protegidas, iniciativa do Tribunal de Justiça de Goiás, dos promotores, Renato Teatini e Daniel Venuto, em parceria com a juíza, Isabella Luíza Alonso Bittencourt, e da iniciativa privada, como Engie e a Mineradora Serra Verde”.

O objetivo do projeto, criado em 2023, é reunir diferentes atores públicos num só esforço: implementar estratégias para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. E, de forma integrada, Minaçu, vem protagonizando iniciativas que hoje servem de espelho para outras cidades do interior do Estado.

 

Em três estratégias, enumerou Gilvânia, o projeto trabalha a conscientização social. O fortalecimento da rede de enfrentamento à violência doméstica e a implementação de grupos reflexivos para agressores.

 Confira o artigo na íntegra:

Câmaras na defesa da mulher

As Câmaras Municipais do Brasil, apesar de ainda se verem sub-representadas por mulheres – seja pelas barreiras que proporcionalmente são impostas a elas, por razões culturais ou por regras de encorajamento ainda contraproducentes – vem assumindo um papel fundamental no combate à violência de gênero.

 

Criadas por iniciativa do próprio legislativo, as Procuradorias Municipais das Mulheres, tem atuado de forma integrada, como um canal direto de acolhimento, denúncia, acompanhamento e encaminhamento de cada caso aos órgãos competentes: o Poder Judiciário; o Executivo, as Polícias, a OAB, e entidades de proteção aos direitos humanos.

 

Em Minaçu, uma das mais isoladas cidades do norte de Goiás, instituímos nossa Procuradoria da Mulher, dentro da Câmara Municipal, em outubro do ano passado. Até ali, fomos a primeira Câmara da região a criar um órgão dessa natureza, num espaço adequado e exclusivo para o entendimento de mulheres que passam por alguma situação de violência.

 

Em outra ponta, a Procuradoria e o Executivo, são parceiros fundamentais do Projeto Mulheres Protegidas, iniciativa do Tribunal de Justiça, dos promotores, Renato Teatini e Daniel Venuto, em parceria com a juíza, Isabella Luíza Alonso Bittencourt, e da iniciativa privada, como Engie e a Mineradora Serra Verde.

 

O objetivo do projeto, criado em 2023, é reunir diferentes atores públicos num só esforço: implementar estratégias para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. E, de forma integrada, Minaçu, vem protagonizando iniciativas que hoje servem de espelho para outras cidades do interior do Estado.

 

Em três estratégias, o projeto trabalha a conscientização social. O fortalecimento da rede de enfrentamento à violência doméstica e a implementação de grupos reflexivos para agressores.

 

O ciclo da violência é diverso, tem começo, meio e fim. E é trágico quando o Estado não consegue interromper as fissuras que se abrem, escancaradamente, nesse processo. A essa altura, a cada 6 horas, uma mulher morre no Brasil pelas mãos de seus próprios companheiros.

 

Em Minaçu, no ano passado, um destes casos ganhou repercussão nacional: o da agricultora Neurice Torres, de 53 anos, achada morta seminua e com cabeça mergulhada em uma caixa d’água, num assentamento há mais de 40km da cidade. O ex-marido, Sidronio Alves de Lima, continua preso desde então.

 

É um desafio de gerações. O preconceito ainda ensina muitas meninas a não serem fortes demais, a não se queixarem demais, afinal, o mundo lá fora “costuma” ser ainda mais cruel com mulheres sozinhas, desprotegidas e com filhos a cuidar. Muito além de coragem é aí que elas precisam ainda mais da presença de todos os poderes públicos.

 

Eu sempre digo: os eleitores, ou a sociedade de um modo geral, costumam ter pelo espaço da Câmara um lugar de pertencimento. De modo particular, em Minaçu, a nossa está de braços abertos às nossas mulheres. A luta é muito grande, mas já temos um espaço para recebê-las, protegê-las, e encaminhá-las, caso por caso.

Marcus Henrique Pires Dias

Marcus Dias, é CEO do Portal NG, e colaborador de edições. É especialista em Marketing e engajamento de mídias digitais.