Raquel Lyra deve anunciar saída do PSDB e filiação ao PSD de Kassab

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(FOLHAPRESS) – A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deverá anunciar ainda nesta terça-feira (25) sua filiação ao PSD. A mudança de partido marca o início de uma debandada no PSDB, legenda pela qual ela foi eleita em 2022.

 

A cerimônia de filiação de Raquel Lyra ao PSD está marcada para a noite do dia 10, no Recife, após o Carnaval. A governadora já teria informado a seus aliados sobre a decisão na noite de segunda-feira (24).

Atualmente, o PSDB tem três governadores: além de Raquel, em Pernambuco, são filiados à sigla Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, em Mato Grosso do Sul. Os dois permanecem na legenda.

Raquel Lyra negocia uma ida para o PSD, de Gilberto Kassab, há algum tempo. Ela vai comandar o diretório da legenda em Pernambuco. O MDB também foi cogitado como destino, mas a governadora bateu o martelo pela filiação ao PSD.
Lideranças do PSDB estão se reunindo com dirigentes do MDB, do Podemos e do PSD para discutir uma união partidária.

A junção com o PSDB fará com que a bancada da agremiação com quem se aliar dê um salto, já que o partido tem 13 deputados federais e três senadores. O aumento terá reflexo também no fundo partidário, proporcional ao número de parlamentares de cada legenda.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a polarização em Pernambuco entre a governadora e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é marcada pela indefinição de alianças partidárias e políticas visando as eleições de 2026.

Enquanto a governadora vai tentar a reeleição, o prefeito do Recife é cotado para ser o nome da oposição na disputa pelo governo estadual.

Aliados avaliam que, se a eleição fosse hoje, não teriam dúvidas da candidatura, mas dizem que João Campos ainda tem mais de um ano pela frente e que, nesse período, o cenário pode mudar.

Um indício de que o prefeito pretende disputar a eleição estadual foi o fato de escolher o ex-chefe de gabinete e amigo pessoal Victor Marques (PC do B) como vice na sua chapa nas eleições de 2024.

O vice-prefeito eleito poderá assumir a prefeitura em caso de renúncia de João Campos em abril de 2026 para ser candidato ao governo.

Na esfera estadual, Raquel tem como prioridade para 2025 a entrega de obras e a tentativa de fortalecer o governo politicamente. A avaliação interna é a de que é preciso deslanchar neste ano, inclusive com ações concretas na região metropolitana do Recife, para se sobrepor à alta popularidade de Campos.

A gestão Raquel também aposta que o prefeito terá uma oposição mais contundente na Câmara Municipal, podendo gerar questionamentos sobre a qualidade da gestão municipal, mesmo após uma reeleição dele com 78% dos votos válidos.

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