Zelensky propõe alargamento da trégua na Páscoa por mais 30 dias
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta segunda-feira (21) a ampliação da trégua de Páscoa, aceita por Kiev e anunciada unilateralmente pela Rússia, para um cessar-fogo mais duradouro com foco em ataques aéreos. Segundo Zelensky, a ideia é suspender, por pelo menos 30 dias, os ataques com drones e mísseis de longo alcance contra infraestruturas civis.
“A Ucrânia propõe a cessação de todos os ataques de drones e mísseis de longo alcance contra infraestruturas civis por um período de, no mínimo, 30 dias, com possibilidade de prorrogação”, afirmou o presidente em uma publicação nas redes sociais.
Zelensky também acusou as forças russas de violarem mais de 2 mil vezes a trégua iniciada na tarde de sábado, com o uso de artilharia e drones de curto alcance. No entanto, destacou que, até o momento, “não houve alerta de ataque aéreo”. Para ele, a recusa da Rússia em estender a pausa indicaria a intenção de “prolongar a guerra”.
Apesar da proposta ucraniana, o Kremlin descartou qualquer possibilidade de prorrogação da trégua. O porta-voz Dmitry Peskov declarou que “não houve nenhuma nova ordem” do presidente Vladimir Putin para estender o cessar-fogo de 30 horas, vigente até a meia-noite deste sábado (horário local).
Mais cedo, Zelensky já havia reiterado sua disposição para negociar um “cessar-fogo total, incondicional e honesto, com duração de pelo menos 30 dias”, alertando que a situação no front mostra a necessidade de maior pressão internacional sobre Moscou para que a trégua seja respeitada.
Em resposta às denúncias de Kiev, o Ministério da Defesa da Rússia acusou o Exército ucraniano de tentar atacar posições russas nas regiões de Donetsk, Bryansk, Kursk e Belgorod, afirmando que civis teriam sido mortos ou feridos nos bombardeios. Segundo Moscou, durante a noite, forças ucranianas teriam disparado 444 vezes com artilharia e utilizado 900 drones.
A trégua de Páscoa ocorre em um momento delicado, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter sinalizado que os Estados Unidos podem abandonar as negociações de paz se não houver avanços concretos “em questão de dias”.
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