Sem Chirú, debate sobre amianto considera um lado só da balança

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara em Brasília fez um debate nesta segunda-feira, 27, em que Minaçu, direta ou indiretamente, esteve no centro das falas: o banimento do amianto no Brasil, as formas de descarte do produto, além dos riscos à saúde e ao meio ambiente.

O debate porém teve um lado só.

Fora do mérito científico, que é algo irrefutável, as ausências do contraditório foram sentidas. Não esteve presente quem pudesse defender pelo menos o aspecto econômico. Falou-se de Minaçu de forma remota. Algo que era impossível passar batido quando Aldeman Chiru era presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Extrativas e Beneficiamento de Minaçu.

Ele morreu no ano passado. E deixou uma lacuna de difícil reparação no debate nacional.

O debate foi proposto pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP). Ele é autor do Projeto de Lei 3684/23, busca impedir “brechas que ainda subsistem” na extração, industrialização, comercialização e distribuição, que foram proibidos pelo Supremo Tribunal Federal em decisão de 2017, confirmada em 2023.

Não se sabe, se por falta de convite ou força de vontade, Minaçu não se viu representada no debate. E isso abre um precedente enorme.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

 

Danillo Neres

Para a Coluna Opinião do Portal NG

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