Semad investiga morte de 400 toneladas de peixes no reservatório de Cana Brava, em Minaçu

Semad investiga morte de 400 toneladas de peixes no reservatório de Cana Brava, em Minaçu

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad) investiga a morte de 400 toneladas de peixe em Minaçu. O órgão enviou uma equipe de fiscalização até a região para apurar as causas das mortes e as responsabilidades pelo dano ambiental. O órgão foi notificado na quinta-feira (4) sobre o ocorrido (veja notas ao final). A investigação vai observar correlação de duas hidrelétricas: Serra da Mesa e Cana Brava.

A baixa oxigenação da água no lago da usina hidrelétrica (UHE) de Cana Brava pode ser a explicação para a morte dos peixes O prejuízo para os produtores de pescado que trabalham no reservatório pode chegar a R$ 5 milhões. Eles afirmam que não têm seguro da produção.

Em alguns casos, os piscicultores perderam a produção de dezenas de gaiolas onde cultivavam o pescado. A mortandade começou a ser notada no final de semana anterior. Desde segunda-feira (1º) os produtores tentam retirar todos os peixes mortos das gaiolas, mas o grande volume dificulta o trabalho.

Criadores e usinas fizeram medições opostas

Reportagem da Tv Anhanguera ouvindo os criadores, informou que eles fizeram medição do oxigênio dissolvido na água do lago. Entre domingo e segunda, segundo relataram, o oxigênio dissolvido estava na casa de 0.4 miligramas por litro, considerado muito baixo para a sobrevivência dos peixes.

Uma das causas possíveis apontadas por eles seria a realização de manobras na usina hidrelétrica que estaria ligada a área de atuação de Furnas Centrais Elétricas. Na reportagem, é citado que os piscicultores teriam alertado Furnas para o risco. Nesta sexta-feira (5), o jornal Hoje da Tv Globo repercutiu nacionalmente a mortandade de peixes em Minaçu.

A reportagem do Diário de Goiás solicitou uma posição da companhia Furnas. A empresa informou que não viu correlação entre a morte do pescado e a operação da hidrelétrica, cuja barragem fica 25 quilômetros distante do ponto afetado. Informou também que peixes fora dos tanques (vida livre) não foram prejudicados.

Fonte: @diariodegoias