UEG afirma que decisão de excluir unidade de Minaçu de Edital foi meramente “técnica”

A Universidade Estadual de Goiás afirmou por meio de nota que a decisão da instituição em retirar os cursos da Unidade de Minaçu do novo vestibular 2021/01 foi “técnica”, amparada por uma comissão designada por um Conselho Universitário.

O Portal NG pediu explicações à reitoria da UEG sobre os motivos técnicos que levaram a instituição a tomar essa decisão – se houve corte no orçamento, qual seria motivo que levou a UEG a escolher justamente Minaçu. E se esse corte atingiu outras cidades, e quais.

O portal também perguntou se a UEG pretende resgatar os cursos de Minaçu, no vestibular 2021/02, que acontece no segundo semestre, e se a decisão representa o início de um processo de fechamento da Unidade de Minaçu.

A Universidade negou que a decisão seja parte de uma estratégia para o encerramento das atividades da unidade em Minaçu, porém não confirmou se a unidade local fará parte do vestibular 2021/02, que acontece no segundo semestre do ano. A UEG também não respondeu quais outras unidades, além de Minaçu, estão nesta mesma situação.

“Os cursos que não atenderam aos critérios definidos pela comissão não terão vagas ofertadas neste edital para que a Universidade possa se reorganizar, especialmente no que diz respeito ao seu quadro de professores”. “A UEG, ao longo de 2020, realizou estudos baseados em critérios de ordem técnica para definir quais cursos teriam condições de ofertar vagas no edital do Vestibular 2021/1”, disse a UEG.

É a primeira vez na história da Unidade da UEG que o governo não disponibiliza novas turmas para os cursos que já estão autorizados pelo Ministério da Educação. Confira aqui a íntegra do Edital.

Desse modo, a UEG de Minaçu fica impedida de dar continuidade às novas turmas de Pedagogia e Geografia, únicos cursos disponíveis desde o início da trajetória de implantação da unidade.

Confira a nota da UEG, na íntegra:

“A propósito de informações solicitadas por este veículo de comunicação, a Universidade Estadual de Goiás informa que não há fechamento ou descontinuidade de cursos, mas, a suspensão de vagas de alguns de seus cursos. Diante do cenário histórico da Universidade e da realidade atual, a UEG, ao longo de 2020, realizou estudos baseados em critérios de ordem técnica para definir quais cursos teriam condições de ofertar vagas no edital do Vestibular 2021/1.

O quadro de vagas e os critérios utilizados foram amplamente discutidos por comissão designada pelo Conselho Universitário (CsU) e, na última terça-feira (02/02), discutidos e aprovados, por expressivo número de votos, em sessão plenária do CsU – instância máxima de decisão da Universidade.

Cabe observar que o Conselho Superior Universitário é autônomo em suas deliberações e decisões que norteiam o cotidiano da Universidade. Compõem o CsU a equipe gestora da UEG, representantes discentes, docentes e técnicos administrativos, além de um representante da Sedi, Fapeg e sociedade civil.

Os cursos que não atenderam aos critérios definidos pela comissão não terão vagas ofertadas neste edital para que a Universidade possa se reorganizar, especialmente no que diz respeito ao seu quadro de professores. Lembrando que, por imposição de decisão judicial, a Universidade teve que demitir quase 800 professores temporários e, por esta mesma sentença, se encontra impossibilitada de contratar novos docentes, para além dos 300 já contratados, por meio de Processos Seletivos Simplificados. Também por questões legais, no momento, não há possibilidade de realização de concursos públicos para a contratação de docentes.

Diante deste quadro, a Universidade continua realizando estudos técnicos que permitirão a conclusão de seu processo de reestruturação”.